Extinção de triênios X Reposição inflacionária: Cavalo de Tróia

Em seu pronunciamento, durante a Audiência Pública na Alerj, na quinta-feira (23), com discussão sobre as Emendas ao PL 4852/2021 que autoriza o Poder Executivo a alterar a Lei Estadual 7629/2017, que dispõe sobre o Plano de Recuperação Fiscal do Estado do Rio de Janeiro, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Gutembergue de Oliveira chamou a atenção para o que definiu como “Cavalo de Tróia”.

“Os mais atentos e mais diligentes, são conhecedores dos termos desse Regime, desde 2017. (…) Eu vejo uma retórica de que nós (servidores públicos) teríamos a reposição inflacionária. Em troca de que? Me parece um “cavalo de Tróia”, uma manobra engenhosa, querendo persuadir os servidores a mirar-se na reposição inflacionária, como hipótese. Porque, até a lei autorizativa votada aqui anteontem é uma hipótese, porque ela tem ressalva votada pela própria Lei Complementar 159 e 178, no artigo 8º, do inciso 1º. Mas, querem (retirar) de mim o que eu já tenho garantido: Meu Triênio, uma possibilidade de chegar a 60%, e que vai, como vantagem pessoal, atingir um teto fixo, cessando imediatamente qualquer majoração, afetando ativos, inativos e pensionistas”, destacou Gutembergue.

O presidente do Sindicato dos Policiais Penais RJ, faz coro com os demais servidores da Segurança Pública de que haverá veemência. “Nós lutaremos com todas as forças para mantermos nossa dignidade de pé. (…) Não suportaremos, e não toleraremos perder os nossos Triênios sob hipótese nenhuma. Lutaremos, bradaremos, e, se cairmos, cairemos de pé. Mas, que Deus ilumine essa casa e que essa casa mantenha esse direito desses servidores ativos, inativos e pensionistas”, concluiu Gutembergue.

“Estamos há 7 anos sem reposição inflacionária. O triênio do servidor público estadual nada mais é do que um suspiro que nós temos, uma possibilidade de conseguirmos manter o nosso salário com poder de compra”, acentuou Leonardo Affonso, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil RJ (Sindelpol), ao pedir que os deputados não permitam a extinção dos triênios, e, que ao mantê-lo, que permaneça como é atualmente, percentualmente sobre os vencimentos.

O presidente do Sind-Degase, João Rodrigues, ponderou que em relação aos triênios a mensagem do Executivo é muito dura, em relação à extinção do percentual do triênio que já existe. “O contrato, quando eu cheguei no Estado, me dava uma perspectiva de alcançar 60%

Então, o que a gente pode pedir aos parlamentares dessa casa, e a gente tem escutado um eco muito grande dos deputados, e, inclusive, do presidente, de que isso não vai acabar. (…) Contamos com essa força parlamentar para fazer justiça com os servidores, que estão pagando a conta de uma coisa que eles não deram causa”.

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Elisete Henriques

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