Respeito é fundamental

“A palavra branda desvia o furor, a palavra dura suscita a ira, e a palavra dada no momento certo é como maçãs de ouro em bandejas de prata”.
 

Antes mesmo de assumir a gestão sindical em 2016, essa diretoria trabalha para a inauguração de um novo tempo. Com a conquista da inserção da categoria na Constituição Federal, e na Constituição Estadual, passamos à fase da conquista da regulamentação, com o reconhecimento do poder de Polícia específica que somos. Uma Polícia que não perdeu a essência de atividade de segurança ininterrupta, em convivência 24 horas com os mais diversos tipos de criminosos, mas ao contrário, amplia seu campo de atuação para outras tarefas inerentes à natureza da atividade, como a recaptura de foragidos e evadidos do Sistema Penitenciário, o monitoramento de penas alternativas, entre outras atribuições.


Nesse novo tempo, a grande diferença é que, hoje, as cadeiras de comando da SEAP são 99% ocupadas por servidores efetivos da pasta. A retirada de coronéis PMs da condução do Sistema Penitenciário fluminense é uma conquista histórica da categoria dos policiais penais do Estado do Rio de Janeiro, que em nenhuma hipótese seria consolidada sem a atuação dos representantes sindicais. Nesse novo contexto da Administração Penitenciária, a Chefia de Gabinete, Subsecretárias, Superintendências, Coordenações, Direção de Unidades Prisionais, Corregedoria, Inteligência Penitenciária, Recursos Humanos, entre outros cargos fundamentais, são desempenhados por policiais penais. Portanto, autoridades que sabem quais são as necessidades da categoria, o que pode e o que deve ser feito em relação às demandas, no desempenho da atividade.

 

Diferente de um passado recente, na época em que os coronéis PMs represavam as metas dos policiais penais rumo ao avanço da categoria, hoje, Administração Penitenciária e representação sindical têm maior probabilidade de convergência de atuação, considerando que os objetivos sejam o bem comum, a identidade e o fortalecimento da mesma categoria representada: os policiais penais.


O imediatismo das redes sociais provocou alteração de importantes e fundamentais procedimentos. A hierarquização e os critérios antes observados, na estrutura organizacional de atividades, foram abandonados, fato que pode significar grande perigo em situações aparentemente simples. Porque, quando não se define a prerrogativa do líder, na escala de hierarquização, importantes regras destinadas à organização deixam de ser cumpridas, e geram confusão, e colapso.


Nesse contexto, é importante destacar que na defesa da categoria é a liderança sindical quem a representa e espelha (reflete) nos mais diversos círculos de poder e resolução de problemas. O respeito à liderança é uma regra básica em qualquer comunidade. Até os presos sabem disso, tanto que apenas os eleitos falam pelo coletivo, quando o objetivo é resolver demandas. Afinal, em todo e qualquer campo de batalha, vulgarizar o comando é levar o exército ao mais completo fracasso. 

 

Num campo de batalha onde não existe o respeito à condução, resta a confusão, o desgaste, o enfraquecimento e a ruína. A atividade que desempenhamos não é para amadores, em nenhum estado da federação. No Rio de Janeiro, menos ainda. A liderança sindical é quem atua jurídica, administrativa e politicamente, na defesa dos direitos e solução das necessidades da categoria, seja individual ou coletivamente. Somente os tolos deduzem que uma diretoria sindical responsável, compromissada e madura, trabalharia contra a própria classe. Por todas essas razões, é imprescindível a consciência do papel de cada um, o respeito às prerrogativas, e à legitimidade de condução, para a certeza de que o objetivo será alcançado.

Picture of Elisete Henriques

Elisete Henriques

Comentários

Av. Treze de Maio, n°. 13 – sala 709  Cinelândia, Rio de Janeiro

Newsletter

Fique por dentro das novidades e notícias

Todos os direitos reservados © 2020  |   Sindsistemas por