O presidente do Sindicato, Gutembergue de Oliveira, ponderou com os colegas sobre os riscos de sempre “dar um jeitinho” em favor do Estado.
Na quarta-feira (30/12/20), o presidente do SindSistema Penal RJ Gutembergue de Oliveira esteve em Japeri, em reunião com os policiais penais da base do GSSE (Muralha). Também participaram da reunião o coordenador das unidades prisionais do Grande Rio, Humberto, e o coordenador das bases do GSSE do Grande Rio, Ferreira.
Foram reiteradas antigas demandas do grupamento, como as condições aviltantes de trabalho; a falta de material de limpeza e de espaço adequado para a organização das rotinas diárias; a insuficiência de efetivo funcional para cobrir minimamente os postos de vigilância e segurança das Muralhas de Japeri; a subtração de vaga (já deficitária) do RAS, fato que agravou a situação da distribuição das tarefas; falta de viatura; a dificuldade no retorno das solicitações de acautelamento de armas para os servidores da base; a discriminação ao grupamento no ingresso das unidades prisionais para o trabalho de Muralha; a falta de distribuição de uniformes.
Embora exista desde 2003, o que se vê em Japeri é uma base do GSSE totalmente sucateada. Sem falar na péssima qualidade da alimentação servida aos policiais penais, e todo o contraponto ao esforço dos inspetores em comprar material de limpeza do próprio bolso; à cotização para a instalação de um Ar-Condicionado; à manutenção da viatura do Estado; à colocação do piso e pintura do local; à instalação de água potável, com recursos pessoais, entre outras medidas de iniciativa do grupo. Destaque-se que o grupamento só consegue prestar minimamente o serviço devido ao empenho e resiliência dos policiais da base do GSSE de Japeri, que extrapolam suas atribuições para substituir a negligência, incompetência e irresponsabilidade do Estado, e assim poder manter a base operante.
“Estamos sempre sendo vistos à parte da Secretaria. Como a Administração quer que a gente se veja como tropa, se somos tratados como anexo?”.
A situação dos policiais penais da base muralha de Japeri não é muito diferente da enfrentada por outros policiais penais da “ponta de lança” da Seap, como os inspetores de turma de plantão nas galerias das 52 unidades prisionais do Estado. O presidente do Sindicato ponderou com os colegas sobre os riscos de sempre “dar um jeitinho” em favor do Estado. “Quando der errado, o Estado vai usar todo o aparato para dizer que não é assim. Vocês vão ser imputados!”.
O coordenador Humberto ouviu os colegas e ficou de levar as reivindicações à administração da Secretaria.
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