NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Rio de Janeiro vem a público repudiar as declarações do coronel reformado da PM de São Paulo, José Vicente da Silva Filho, e da professora do Departamento de Segurança Pública UFF, Jacqueline Muniz, em comentário na matéria veiculada no RJ2, sobre a participação dos inspetores de Polícia Penal nas vagas remanescentes e ociosas do Regime Adicional de Serviço (RAS), do policiamento “Segurança Presente”.

 

É importante destacar que a atividade do policial penal não pode ser comparada com nenhuma outra atividade policial dada a alta complexidade do trabalho exercido 24 horas com todo tipo de perfil de presos e variadas facções criminosas. Entre os inspetores de Polícia Penal do Estado do Rio de Janeiro temos muitos qualificados e exímios mediadores de conflitos. Não por outro motivo que mantêm a disciplina, ordem e segurança nas Unidades Prisionais do Estado apesar de toda a falta de estrutura e alto déficit de servidores.

 

A “douta” especialista Jacqueline Muniz, pesquisadora que é sobre Segurança Pública e Organizações Policiais, demonstra-se totalmente desatualizada do contexto da Polícia Penal. Como na frase de George Bernard Shaw, “O especialista é um homem que sabe cada vez mais sobre cada vez menos, e por fim acaba sabendo tudo sobre nada”.

 

Socorrer-se desses tipos de argumentos mostrou o preconceito de ambos, além de revelar desconhecimento sobre  a atividade policial penal e  sua inclusão no rol dos órgãos da Segurança Pública da Constituição Federal. Tais “especialistas” deveriam se atualizar antes de opinar sobre o assunto.

 

Policiais Penais atuam em diversas atividades e não apenas nos corredores de celas. A Polícia Penal RJ é difusora de conhecimento, inclusive presta instrução a policiais penais de outros Estados, participou da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária no Rio Grande do Norte e Amazonas na resolução de graves conflitos. Tem membros adidos em outras forças da Segurança Pública. Portanto, os policiais penais são possuidores de treinamento para atuar tanto em ambiente confinado como em ambiente externo.

 

Prova disso são os Grupamentos de Intervenção Tática (GIT) que há muito substituiu a intervenção do BOPE nas Unidades Penais Fluminenses com excelentes resultados, o Serviço de Operações Externas (SOE), que faz transferências, recambiamentos de presos para outros Estados e milhares de apresentações em Fóruns de todo o Rio de Janeiro, bem como a RECAP,  com retrospecto sem nenhum disparo de arma de fogo e, consequentemente, sem nenhum efeito colateral nas abordagens. Portanto, todos preparados para atuar e contribuir em qualquer ação que demande a presença do inspetor de Polícia Penal.

PM na Muralha? Há mais de doze anos, as muralhas das unidades prisionais deixaram de estar sob a segurança e vigilância de policiais militares e passaram para a responsabilidade dos policiais penais, como mais uma de suas atribuições. A fala dos entrevistados está totalmente equivocada, um nível de total desinformação sobre o Sistema Penitenciário Fluminense. Um vexame para os quem se dizem pesquisadores.

 

Erro, e até ofensivo, é dizer que os policiais trabalham em Regime Adicional de Serviço por um “caraminguá” ou compará-los a “Sentinela de cone e de viatura”. A Polícia Penal merece ser melhor estudada por esses especialistas e seus agentes mais respeitados.

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