Repúdio à mediocridade

Segurança Pública: entre o Coronavirus e os “mocinhos e mocinhas” do MP e da Defensoria.

Quem conhece o Rio de Janeiro e suas instituições sabe que setores do MP e da Defensoria Pública fazem uso de um comportamento: autocolocação a uma situação de cegueira deliberada, pois, frequentemente, alguns promotores e defensores, ignoram o óbvio em seu cotidiano, com a finalidade de se isentarem de certos ônus, tirando as “mãos da cumbuca”.

Entretanto, quando é para colocar agentes da segurança pública na berlinda saem da postura do avestruz e mostram-se como pavão e ganham notícia na coluna do Ancelmo Góis. Taí a chancela da solidariedade para com a sociedade que, trocada pela “insensibilidade”, precisa desses “mocinhos e mocinhas” do MP e da Defensoria Pública para salvá-la das garras de um governante “insensato”.

Tivessem um mínimo de bom senso fariam uma análise sobre a realidade vivida pelas forças de segurança. O problema é que certos promotores e defensores não conhecem a realidade. Vivem encastelados nas suas bolhas, com seus salários polpudos e seus auxílios. Desde o início da pandemia trabalham sobre um regime cuja contraprestação está muito além do serviço prestado.

Quando o MP e Defensoria dizem que o decreto do governador institucionalizou o “fura fila” ofendem todos os servidores das forças de segurança do estado, e demonstram uma completa incapacidade de compreender a decisão corajosa do governador. Tivessem mais empatia, bom senso e a própria coragem do governador entenderiam que, como homem público só fez uma escolha difícil, isto é, uma “escolha de Sofia”. Não existe decisão fácil diante do quadro atual.

As forças de segurança não reivindicam privilégios e nem lutam por privilégios como setores do MPRJ e da Defensoria. Nós somente queremos o direito de exercer nossa missão com um mínimo de dignidade e respeito.

A vacinação é um direito de todos. Diante da realidade dos policiais penais que trabalham diuturnamente nos vários setores desse sistema penal caótico temos, também, a necessidade de sermos imunizados juntamente com todos os servidores da Segurança Pública.

Isso é, para quem sabe definir uma realidade posta, uma medida sensata e coerente. Mas, para aqueles que dentro da redoma das instituições se valem para garantir seus privilégios particulares, é um fura fila que vale uma coluna no Ancelmo Góis.

Quanta mediocridade!!!

Por oportuno, repudiamos a falta de respeito e, principalmente, a insensibilidade dos promotores e defensores ao proporem ação dessa natureza. A decisão dos “mocinhos e mocinhas” do MP e Defensoria reveste -se de uma covardia. A virtude da coragem não é dada aos medíocres.


Por Gutembergue de Oliveira, presidente do SindSistema Penal Rj

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