Sindicalização é responsabilidade de todos. Respeito é fundamental!

Encerrada a apuração dos votos da eleição para o triênio 2025/2027, salta aos olhos o trabalho de crescimento e valorização da instituição sindical realizado pela atual diretoria, reeleita pela 3 ͣ vez para o mandato. Num universo de 2945 policiais penais sindicalizados, cerca de 50,7% de eleitores compareceram às urnas em 2024 para votar, excetuando os votos anulados, num total de 1493 votos válidos. Esse foi o maior número de eleitores participantes em uma década, com aumento real de 99,07% de votantes em relação ao pleito de 2015, quando somente 750 policiais penais votaram para a eleição da diretoria sindical para o triênio 2016/2018, depois de anos de gestão sub judice e o resgate do processo eleitoral realizado pelos membros da atual diretoria.

Embora a sindicalização seja um processo voluntário, e o quantitativo de sindicalizados seja de alta rotatividade, o aumento de eleitores em relação a 2015 foi de 47,6% em 2018, num total de 1107 votos válidos. E 84,4% de aumento de eleitores em 2021, num total de 1383 votos válidos. Diversos fatores podem explicar a ausência de cerca de 1452 (49,3%) eleitores sindicalizados que não compareceram às urnas no processo de 2024. No entanto, o desinteresse pela participação da vida política da categoria é o fator que tem maior influência.

Em que pese a atual diretoria ter conseguido a façanha de atrair a atenção para a disputa sindical, é importante destacar que a importância do Sindicato não se resume à concorrência eleitoral, tampouco à atuação social. Ao contrário, demanda grande disposição para a luta na defesa e solução das complexas pautas da categoria, que além da atuação sindical ensejam, também, a gestão administrativa, financeira, jurídica e política junto aos diversos entes do Estado.

Entre as principais metas para esse novo triênio podemos destacar a luta pela aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos policiais penais e a atualização do estatuto da instituição sindical. Mas, para isso, é fundamental a compreensão de que a sindicalização é um processo que exige responsabilidade, união e constância. Afinal, resiliência e persistência são características cruciais da luta sindical, porque trazem maturidade e experiência necessárias ao crescimento e fortalecimento da categoria. Em 2024 ocorreu o aumento de 110 eleitores em relação ao pleito de 2021, sendo 111 votos de diferença entre o primeiro e segundo colocado na disputa eleitoral.

Detalhe que merece reflexão é uma prática observada na categoria: a desfiliação motivada pela derrota de seus candidatos de preferência, com permanência condicionada à vitória da chapa dos amigos. Tal ausência, de contribuição na luta, tem a duração de cerca de dois anos e meio, com nova filiação apenas a seis meses anteriores ao pleito, devido ao prazo estipulado para se habilitar a votar e ser votado. Nesse ínterim, e na condição de não sindicalizados, causam todo tipo de contradição, usurpação, imbróglio e desunião.

De certo que o processo democrático existe, no entanto, a oposição durante todo o triênio de trabalho da diretoria eleita, com ataques às estratégias e encaminhamentos utilizados, ocasiona grande perda de energia devido à postura nociva de pretensas lideranças que não detém a legitimidade de representar a categoria diante do governo e órgãos competentes, mas insistem em “correr por fora”, sempre contrários aos procedimentos utilizados pela diretoria legitimamente eleita, que já conhece e detém a articulação da política nas instâncias que demandam as soluções para a categoria como um todo.

Bem verdade que a plenária é soberana, sim. Mas os movimentos devem ser espontâneos e não direcionados por uma oposição por oposição, que se arvora em usurpar a vontade da categoria meramente para atacar e tentar deslegitimar a diretoria eleita. Quando na verdade, independente da diretoria que se mantém no comando do Sindicato, uma oposição inteligente e solidária não trabalha em contraposição à condução feita em prol da categoria. A eleição já passou, a criação de imbróglios meramente com o objetivo de desconstruir um trabalho de crescimento e valorização da instituição sindical, conforme comprovado com os números acima, serve apenas para causar empecilho às vitórias e conquistas da categoria, e consequente afastamento daqueles que não compactuam com ações egoístas de quem só olha para o próprio umbigo e não tem compromisso com o resultado prático.

A responsabilidade é de todos, e não somente da diretoria eleita. É fundamental que a sindicalização não ocorra meramente para a participação do pleito eleitoral, mas como convicção de que o Sindicato é a trincheira de luta da categoria. Afinal, diretorias passam. Mas, a instituição sindical permanecerá. Respeitar seus representantes sindicais eleitos é fortalecer a categoria, e garantir vitória na luta. Sindicato forte é prerrogativa de categoria participativa, que sabe respeitar comando. Quem atua sem comando é bando. Seja respeitoso! Seja participativo! Fortaleça a Instituição Sindical. Sindicalize-se!

Juntos Somos Fortes!

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