Regulamentação: Uma janela aberta

“(…) Eu posso chegar para você e dizer assim: – Em nome da democracia temos que abrir para que todos discutam esse projeto. Mas a minha intenção não é essa. A minha intenção é alargar, esticar essa discussão, para que essa janela diante da qual nós estamos, que é a oportunidade histórica de aprovarmos esse projeto o mais rápido possível, se feche. Mas eu não falo isso porque eu não posso falar: – Em nome dos meus interesses que são contra aos da nossa categoria. Não. Eu tenho que ter um discurso que justifique os meus interesses. E essa justificação tem que ter uma moralidade, ela tem que ser digna, tem que ser correta.

Aí eu me ergo e digo: – Em nome da democracia, nós não podemos impedir a participação de amplas camadas da categoria – Senão nós estamos sendo autoritários, o Sindicato está sendo autoritário. E é claro que todo mundo vai dizer: – Isso é autoritarismo”.

 

Não! Não é!

Porque não é uma discussão política. Numa discussão política qualquer cidadão pode discutir. Mas, a discussão aqui é, e sempre foi, desde o início, uma discussão jurídica, que exige pessoas qualificadas para o assunto e que tem a brevidade, por isso o prazo.

 

Porque se nós deixarmos, o que foi proposto aqui, vamos abrir, vamos discutir, passa janeiro, passa fevereiro, passa março, a conjuntura muda, a janela fecha, e em nome da democracia nós sairemos derrotados disso.

O projeto está quase pronto, está muito bem feito, precisa de alguns ajustes.

Nós não podemos imaginar que nesse processo histórico nós vamos levar tudo de uma vez só. Mas, vamos levar aquilo que é possível para a categoria, no momento. E essa comissão vai fazer exatamente esse papel.

(Policial Penal Evandro)