Policial penal do Rio é selecionado para atuar na ONU

O policial penal William Ferreira Júnior foi selecionado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para participar de um projeto de pesquisa sobre o crime organizado nos presídios e tráfico de drogas em perspectiva regional. 
Foto: Magá Jr.
De uma safra que expõe uma nova visão da categoria, menos estereotipada, menos estigmatizada, o policial penal William Ferreira Júnior, é prova da nova imagem que a categoria merece ter. Prestes a completar 40 anos de idade, pós-graduado em Segurança Internacional e Defesa, pela Escola Superior de Guerra, próximo de concluir seu mestrado acadêmico em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança, no Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense, além de Bacharel em Segurança Pública, é também um estrategista.
 
Avaliado pela equipe da Organização das Nações Unidas (ONU), William recebeu convite formal e passou por seleção, sendo aprovado para participar do projeto de pesquisa do Escritório Global das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), que visa fortalecer os esforços interagências do Brasil para enfrentar o crime organizado no sistema penitenciário nacional, incluindo apoio à gestão penitenciária.
 
O SindSistema Penal RJ parabeniza o policial penal William pela iniciativa, e pela conquista, porque ele reflete o nosso desejo para a categoria de Policiais Penais. Como mensagem, fica o empenho na valorização profissional dessa atividade que é extremamente sensível. “O noticiário, a sociedade civil vê o sistema prisional como o home office do crime organizado, quando na verdade, somos uma caixa preta em que as pessoas só têm acesso a dados de entrada e de saída, o entremeio fica inacessível. A palavra-chave é o comprometimento com o serviço, porque uma hora o reconhecimento chega”.
 
Aprovado no concurso de 2012, William iniciou o trabalho no Sistema Penitenciário pelo Presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, onde “bateu cadeado” junto à turma do plantão. Depois foi plantonista 24 horas no Presídio Elizabeth Sá Rego (onde trabalhou por cinco anos), e, tempos depois, teve a oportunidade de ser Chefe de Turma, Chefe de Segurança, além de contribuir no Serviço de Administração, e de Classificação, também.
 
A convite, atuou na Coordenação de Niterói, depois na Subsecretaria de Gestão Operacional, como responsável pela padronização do material de pesquisa operacional, e, atualmente, trabalha no Centro de Estudos e Pesquisas, da Escola de Gestão Penitenciária (EGP), onde prestou instrução na disciplina em que é especialista (Crime Organizado), para a primeira turma de Policiais Penais que se formou na sexta-feira (08/10), em evento na Cidade da Polícia, Zona Norte do Rio. 
 
Face a face, na relação de convivência “preso-guarda”, William observou e registrou as dinâmicas da atividade-fim, nessa importante fonte primária que é o Sistema Penitenciário. Grato às pessoas que o ensinaram sobre a atividade policial penal, desde a importância da limpeza numa galeria, ao tratamento dispensado ao coletivo carcerário, o policial penal forjado na antropologia, sempre buscou atuar com olhar humano. “O policial penal não é apenas um instrumento, um objeto. Ele é um profissional que precisa ser valorizado”.
De férias, em 2019, durante Congresso da Latin American Studies Association (LASA), em Bostom,  (EUA).
Na EGP, com o instrutor Thiago Frederico, a diretora Gleice Renata e o instrutor Vieira.
Com o instrutor da EGP, Vieira
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Elisete Henriques

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