Audiência Pública debate TAF para habilitação de concursados excedentes da Seap

Déficit operacional na Polícia Penal impõe aproveitamento dos aprovados nos certames 2003, 2006, 2012, além de concurso público.

 

Em Audiência Pública realizada na Alerj na quinta-feira (17), o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB), destacou que não se trata de chamamento ou determinação de número de vagas. “Esse é um desafio para o ano que vem”, disse Amorim. Segundo o deputado, a Audiência Pública teve o objetivo de criar soluções jurídicas e administrativas para seleção dos habilitados a participarem do Teste de Aptidão Física (TAF)”, para prosseguimento do processo de investidura na carreira. Os concursados que não participarem do Edital de Habilitação estarão automaticamente excluídos do processo.

 

A SEAP prevê a abertura de Edital de Habilitação, com análise individualizada dos candidatos e identificação de cada caso, bem como o respectivo cumprimento das etapas de cada certame. No final das contas, a solução vai depender do embasamento jurídico da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O subsecretário de Relações Institucionais da Secretaria de Casa Civil, Adilson de Faria Maciel se comprometeu em levar o assunto diretamente ao Procurador Geral Bruno Dubeux.

 

“Não é compromisso, não é promessa minha, nem do Adilson, nem da secretária Maria Rosa. Mas, o meu desejo pessoal, enquanto presidente da Comissão de Servidores, de realizar esse Edital de Habilitação até o final do ano”, disse o deputado Rodrigo Amorim.  O deputado destacou ainda que, “quando se fala de Seap existem dois universos distintos: o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que ainda tem cerca de 150 vagas que estão aguardando o chamamento, para preenchimento imediato, e a realização do TAF Geral, fruto da Lei de Quebra de Cláusula de Barreira, para que os candidatos excedentes, mesmo fora do TAC, possam ser eventualmente chamados à medida que as vagas aconteçam.

 

Desde 2012 não há concurso público para a pasta. “Entendemos que conseguiremos fazer um grande TAF, com todos os candidatos, iniciando com um pré-cadastro junto à Seap”, pontuou a Secretária de Estado de Administração Penitenciária, inspetora de Polícia Penal Maria Rosa Nebel. Ela estimou um déficit de 2 mil policiais penais. “Hoje não há que se falar em construir uma unidade prisional sem a gente ter, no mínimo, oitenta policiais penais dentro de uma unidade prisional. Nossa intenção é absorver todos os candidatos aptos para fazer esse TAF, e depois ir passando de etapa em etapa, não esquecendo nunca da Procuradoria Geral do Estado, e do Regime de Recuperação Fiscal, que hoje sim nos engessa nessa questão”, disse Maria Rosa.

O planejamento estratégico da Seap inclui abertura de 16 mil vagas para presos, devido à superlotação prisional. Mediante isso, é premente a efetivação não somente dos candidatos aptos de 2003, 2006 e 2012, “mas, para além disso, a realização de novo Concurso Público para a Polícia Penal”, concluiu a Secretária Maria Rosa.

 

O Sindicato acompanha a discussão desde o certame de 2003 e tem reivindicado a convocação dos concursados desde então. Em relação aos recentes convocados, restam ainda 11 (onze) policiais penais que já completaram todo o certame, incluindo Curso de Formação na Academia, a prova de avaliação e o estágio probatório de 5 (cinco) meses em regime de plantão na Unidade Prisional. Apesar de aprovados e formados, hoje completa um mês que esse grupo aguarda em casa pelo chamamento. Além da ajuda de custo do mês de outubro que ainda não foi paga, resta ainda a indefinição sobre a data para a nomeação no cargo.

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Elisete Henriques

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