Cerca de 500 policiais penais caminharam do Largo do Machado até o Palácio Guanabara para ato público pacífico e ordeiro em busca de agenda com o governador, para apresentação de demandas como a valorização salarial e regulamentação da Polícia Penal RJ.
O Ato Público dos Policiais Penais RJ, realizado na quarta-feira (02/02) no Palácio Guanabara, nas Laranjeiras, foi uma demonstração clara de disciplina, maturidade, responsabilidade e senso de união. O movimento classista foi decidido em Assembleia da categoria como estratégia de ação progressiva para chegar ao governador, já que outros personagens que não detém a representatividade da categoria se imiscuíram no processo criando um imbróglio com grave ameaça de atraso na solução de importantes demandas como a valorização salarial e regulamentação da Polícia Penal.
Fotos: Fábio Wetterlling
Durante a manifestação pacífica e ordeira, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Gutembergue de Oliveira ponderou que se a ponte para encaminhar as demandas da categoria é o secretário de Administração Penitenciária, e o Governo tem esse protocolo, que as tratativas sejam realizadas pelo secretário Fernando Veloso, em seu legítimo posto de secretário e a diretoria sindical, em seu legítimo posto de representação da categoria, assim como fez a categoria de Polícia Civil com o governador.
Em mensagem encaminhada, o secretário Fernando Veloso asseverou que a citação do presidente do sindicato, Gutembergue de Oliveira, quanto à estratégia adotada pelos representantes sindicais da Polícia Civil é salutar e fez votos que na SEAP seja feito o mesmo, ou seja, “construir juntos uma proposta justa que atenda aos interesses legítimos da classe e, unidos, representantes dos policiais e secretário, apresentem ao governador como fez o Sepol”.
Cerca de 500 policiais penais se posicionaram diante do Palácio Guanabara para chamar a atenção do governador, e a união venceu. Os legítimos representantes da categoria e um grupo da base dos policiais penais foram recebidos, no salão de vidro, pelos representantes do Governo Estadual, secretário da Casa Civil Nicola Miccione, subsecretário de Relações Institucionais Adilson de Faria Maciel e subsecretário de Governo, Rafael Thompson.
Na foto: o secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, e o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Gutembergue de Oliveira
Da esquerda para a direita: Marcos Ferreira; Josias Alves Bello; Judison Bernardo; Antonio Barreto; Adilson de Faria Maciel; Rafael Thompson; Gutembergue de Oliveira; João Raimundo; Paulo Alier Vazquez e Ozéas Pinto de Siris, em reunião no Palácio Guanabara, no dia 02/02/2022.
Durante a reunião ficou definido que as demandas da categoria serão encaminhadas ao governador através da interlocução do secretário de Administração Penitenciária Fernando Veloso e Sindicato da categoria. Uma cópia da minuta de regulamentação da PPERJ foi, simbolicamente, entregue ao Governo. Embora o secretário da Casa Civil já tenha conhecimento de todos os trâmites da proposta, ele ponderou que os ajustes deverão ser feitos em conjunto pelo secretário da pasta e diretoria sindical.
O ato público histórico, durou cerca de 12 horas. Ao final da reunião no Palácio das Laranjeiras, por volta das 17 horas, os policiais penais se encaminharam para a sede da Seap, no Centro do Rio, para uma audiência com o secretário Fernando Veloso. Durante a reunião na Seap foi restabelecido o diálogo entre a pasta e os verdadeiros representantes da categoria. Ficou firmado que as pautas serão levadas ao governador através do secretário da pasta e diretoria sindical.
Ficou agendada nova reunião entre o secretário, seu staff, e o mesmo grupo de policiais penais, para a próxima quarta-feira, quando reiniciarão as tratativas sobre os apontamentos feitos à minuta de regulamentação, para posterior encaminhamento ao governador.
A diretoria sindical parabeniza a todos os guerreiros, policiais penais aposentados e ativos que compareceram ao ato público e deram uma demonstração de força, disciplina e maturidade. Àqueles que tentaram deturpar a ação como um ato isolado do Sindicato, ou “bateção de panela” indisciplinada e irresponsável, ficou demonstrado que o sindicalismo raiz com a adesão consciente da categoria pode muito em seus efeitos.
Av. Treze de Maio, n°. 13 – sala 709 Cinelândia, Rio de Janeiro
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