20 de outubro Dia do Policial Penal RJ

Nascido em 03 de junho de 1919, na cidade Córrego entre Rios, no Espírito Santo, Rodrigues, como era chamado no Sistema, mudou-se para o Rio de Janeiro ainda muito jovem. Lúcido, e em pleno vigor físico, ele recordou vários momentos vividos na atividade penitenciária.

“Eu fui guarda de presídio, quando o sistema estava sob a esfera Federal. Depois passei para inspetor penitenciário, e, agora sou Policial Penal. Trabalhei na Lemos Brito e no Hélio Gomes, na Frei Caneca, que foram implodidos”, recorda.

Pai de gêmeas (servidoras públicas da Secretaria de Educação), avô amoroso de quatro netos (sendo um Analista de Sistema; uma Fonoaudióloga; uma médica e uma Nutricionista), cinco bisnetos, sendo uma advogada (24 a), o veterano trabalhou muitos anos, também, no chamado “biscate”, como garçom, e atribui ao seu trabalho todas as conquistas na vida, como a criação e encaminhamento das filhas, o apartamento próprio, sua trajetória, entre outras realizações, bem como o respeito recebido do coletivo. “Não tinha um preso que dizia: ‘Isso aí é um canalha’. Eu trabalhava honestamente, não fazia patifaria para o preso. Dava o direito que o preso tinha e cobrava as responsabilidades”, repete orgulhoso.

“Só lamento quando vem uma melhoria e a gente fica isolado de tudo. Eu passei muitas noites de sono nas galerias, tomando conta de preso, arma não tinha. Muita ingratidão com os aposentados”, reivindica o veterano, sem perder a esperança e a fé na luta.

Rodrigues revela que vê na sindicalização uma importante ferramenta de luta. “Ainda bem que temos nosso Sindicato para lutar. Temos os nossos advogados. Eu não tenho condição de estar pagando advogado particular, sendo sindicalizado a gente tem”, destaca ele, na esperança de alcançar os 18% da GVP cujo veto foi derrubado com aval do governador.