Não há questão institucional de preocupação com o policial

“Não há um protocolo, não há questão institucional de preocupação com o policial”.

SAÚDE MENTAL DOS POLICIAIS: O SILENCIOSO PROBLEMA DA SEGURANÇA PÚBLICA (PARTE 6)

“Em 2024, o Anuário de Segurança Pública revelou que no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, houve um aumento de 116% (cento e dezesseis) porcento do caso de suicídios, englobando a Polícia Civil e a Polícia Militar, sem contar a Polícia Penal. Isso denota que nós estamos como o pior estado da Federação quando nos relacionamos com a questão da saúde mental dos policiais.

Isso é realidade da nossa Polícia como um todo, dos policiais que trabalham diuturnamente, exposições a situações extremas de risco de vida, violência urbana, uma jornada intensa, acúmulo de funções, desvalorização funcional que geram quadros de depressão, ansiedade, suicídio, assédio moral por parte da instituição, que muitas das vezes, de maneira equivocada, estimula certos tipos de comportamento.

(…) Quando o policial está doente, e necessita de algum tipo de auxílio, a instituição não fornece. Nós temos, por exemplo, aqui no Estado, uma coisa chamada “punição geográfica”, que ele (secretário de Segurança Pública) não conhece na Polícia Federal. É normal aqui, um assédio moral reiterado das instituições, seja ela qual for.

Em 10/02/2025, o Sindicato dos Delegados protocolou Ofício na Secretaria de Polícia Civil, solicitando que a Secretaria de Polícia Civil fizesse uma avaliação psicológica periódica nos policiais civis, detecção dos transtornos precocemente, redução dos riscos graves, afastamento temporário da função. Até hoje não tivemos resposta.

Cuidar da mente é salvar vidas. Ignorar esse sofrimento é colaborar com essa tragédia”.

 

Presidente do Sindicato dos Delegados (Sindpol-RJ), Delegado de Polícia Civil, Leonardo Affonso.

 

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