Impactos na Saúde Mental do policial

“O policial militar no Rio de Janeiro vive um processo de invisibilidade. A população consegue dar um bom dia, oferecer uma água ou comida para alguém em condição de vulnerabilidade social, um morador de rua, mas não dá um bom dia ao policial militar na rua. E ele, naturalmente, vendo esse processo, a tendência natural é se isolar. Ele vai para dentro de uma viatura, que hoje tem ar-condicionado, e fica isolado, porque ele não é enxergado, não é valorizado, ele entende que aquela pessoa não dá legitimidade e não reconhece o trabalho dele, ele simplesmente se isola, e mesmo assim sofre crítica, vão dizer: “O policial está dentro do carro porque ele quer mordomia, porque ele quer ficar consultando o celular, não quer fazer segurança. Então é um processo que todos nós temos que olhar, e como sociedade nós temos responsabilidade sim sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. A gente não pode colocar toda essa carga sobre o policial civil, ou militar, ou penal. Todos os policiais hoje passam esse tipo de problema”. 

Secretário de Estado de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Victor Cesar C. dos Santos.