Quantas e quais as formas possíveis para persuadir ou enganar uma categoria a acreditar numa mensagem em que as ações do emissor as contradizem?
Por Gutembergue de Oliveira
A postura do secretário de Administração Penitenciária, desde sua nomeação até o dia 25/12/2021, induz que o “ilustre personagem” tenha dissonância cognitiva e sofra de SÍNDROME DE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA. O conceito de dissonância cognitiva, grosso modo, é quando não há coerência entre as ações, pensamentos e crenças de um indivíduo. No caso de Veloso tem muito a ver com a autoimagem, de como ele se enxerga. Na maioria das vezes tem uma imagem positiva de si, que o leva a pensar que é o melhor. Talvez o cargo de ex-chefe de Polícia Civil e a exposição como comentarista Global tenham contribuído para emergir um transtorno de personalidade narcisista.
O TPN tem como alguns sintomas: o senso exagerado de autoimportância; a dificuldade de lidar com críticas, gerando reações desproporcionais e o desajuste de regular as emoções, podendo levar, ainda, a atitudes impulsivas e ridículas, como por exemplo: a publicação de um certo discurso no BI 241 de 23/12/2021. A questão deixa de ser uma ação política-jurídico-administrativa, tornando-se um ‘case’ de natureza psicológica. Dissimula quando mantém a “nova minuta” secreta, dizendo tê-la encaminhado, no entanto, esquartejada.
Rebater as linhas postas no BI em ilações descabidas, seria o mesmo que responder a um inquérito com acusações forjadas. Como não estamos numa delegacia policial e não estamos sendo inquiridos, vai o nosso desprezo à sandice de Veloso. O juízo legal e moral de nossas ações não cabe a um personagem que age como juiz-inquisidor, cujo objetivo é inverter o papel. A categoria está amadurecida e sabe muito bem reconhecer lobo em pele de cordeiro. Afinal, a Diretoria tem uma relação temporal longa com a categoria, tanto no exercício profissional como à frente da política sindical. E, toda a categoria sabe quem é quem. Inclusive, sabe, sobre quem paira acusações atestadas em delação premiada.
As características de fácil percepção no cara que “emprestou a reputação e o prestígio para a SEAP”, só demonstram o infortúnio na escolha do delegado aposentado para o comando da pasta. Primeiro, disse que ia “cortar na própria carne”. Olha o exemplo de dissonância cognitiva, pensa uma coisa e faz outra! Cortou sim! As gratificações dos policiais penais, para turbinar as dos policiais civis que trouxe a reboque. Ou seja, pela crença de que somos inferiores nos retira o que é nosso. Dizendo nos respeitar. Respeito? Quanta hipocrisia!
Diz ter respeito aos princípios legais que regem a Administração Pública. Pratica nepotismo, dando gratificação polpuda ao irmão, além de abusar de verbas secretas para convescote com os parceiros, enquanto setores da Seap clamam seus empenhos. Para justificar os obstáculos que colocou quanto a nossa minuta, mente e tenta manipular a categoria repetidas vezes, com discurso de valorização, quando não consegue disfarçar a repulsa por ser o que somos: homens (e mulheres) forjados(as) na temperatura e pressão do cárcere. Logo, não será um delegado que subjugará o Sindicato e nem a categoria aos seus caprichos, como se fora um artista reivindicando um tratamento de estrela com seu contratante. Aqui não é palco, nem somos a plateia. Somos os protagonistas da nossa própria história e não cabe mais nenhum intruso na Seap.
Por fim, cabe uma frase do livro O Senhor das Moscas, de William Golding, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1983, “A verdade é que o medo não pode machucar vocês mais do que um sonho”. Portanto, nossa luta e nosso sonho de uma Polícia Penal regulamentada, e a SEAP livre dos arroubos autoritários e dissimulados de extraneus é de nossa responsabilidade. Está em nossas mãos.
O medo é um bom conselheiro, mas a coragem liberta o cativo. Todos à Assembleia dia 10/01/22, às 17 horas, no Complexo Penitenciário de Gericinó.
Av. Treze de Maio, n°. 13 – sala 709 Cinelândia, Rio de Janeiro
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