A saga continua…

Diante do anúncio da nomeação do novo secretário de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro, coronel PM Marco Aurélio Santos, publicada no Diário Oficial dessa segunda-feira, 26 de outubro de 2020, o SindSistema se pronuncia sobre a saga do Sistema Penal e reitera a luta pelos POLICIAIS PENAIS. Doa a quem doer.

Com a indicação de mais um coronel PM para ocupar o comando da pasta fica evidente o quanto as estruturas de poder do nosso Estado estão apodrecidas, e comprometidas com o que há de pior na gestão de recursos públicos.

Desde a criação da SEAP, quatro (4) coroneis PM passaram pelo cargo de Secretário. Dois (2) foram presos, um afastado por decisão judicial, e o Cel. Azevedo (até ontem secretário) tem denúncias de várias irregularidades sob sua gestão. Inclusive, quando Diretor-geral do Degase. Também o seu ex-subsecretário de Infraestrutura e ordenador de despesa está preso.

QUAL O INTERESSE EM INDICAR MAIS UM OFICIAL PM PARA FICAR À FRENTE DA SEAP?

Nas entranhas do Poder, no Rio de Janeiro, personagens oriundos dos quadros de oficiais superiores da PMERJ têm íntima ligação com a corrupção, e cujo papel é a utilização de alguns destes com o objetivo de flagelar o erário público, e a sociedade, com avidez e despudor. Tal nomeação parece ser de mais um personagem posto num cargo para fazer a roda girar fora do eixo, ou encobrir eventuais ilegalidades deixadas pelo antecessor.

Esperemos para ver. Mas, não nos iludamos.

A SEAP é um órgão cuja responsabilidade do seu mister é enorme. Além, é claro, de nós servidores pagarmos essa conta duas vezes, já que sofremos pela falta de uma gestão íntegra e comprometida com o bem-estar dos seus servidores e, também, pelo altíssimo custo econômico e social para todo cidadão fluminense.

A Diretoria do SindSistema deixa consignada a insatisfação e repúdio à indicação de mais um coronel PM para o cargo de secretário. Ratifica o compromisso de, em nome de toda categoria, continuar trabalhando e lutando para que todos os postos de comando sejam ocupados por POLICIAIS PENAIS DE CARREIRA. E continuará criticando e cobrando dos gestores da SEAP o aprimoramento da gestão, para possibilitar aos servidores o exercício das suas responsabilidades. E, sobretudo, a garantia dos direitos.